segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Lira da Vila


 Fevereiro é carnaval, e no meio de toda essa felicidade  e folia, eu tento me concentrar em achar uma crônica certa e que me agrade para escrever e postar no blog, queria uma crônica gostosa de ler e que desse vontade de escrever. No meio do bloquinho de carnaval, Lira da Vila que sai com meus pais, só observava todas pessoas perto e longe de mim, não queria ser uma menina assustadora com um olhar calmo que olha para tudo que uma certa pessoa faz, (eu ficaria assustada) mas tentava ser mais discreta possível, olhava bebês com seus braços balançados pelos pais, mulheres pulando e homens cantando, me sentia em outro mundo no meio da folia do bloco, parecia não me encaixar muito bem, não sentia vontade de pular, dançar nem cantar, mas mesmo assim gostava de está ali procurando alguma coisa legal para escrever.
A falta de pulo e exercícios durante a caminhada do bloco me deixava um pouco cansada, o pescoço cansado de segurar a cabeça e os braços preguiçosos para continuar o balanço, para aliviar levo meus braços junto ao meu peito e os cruzo, do meu lado esquerdo uma grande folia e no meio dela um destaque! Uma mulher que pula, roda, e brinca com todos, com uma máscara no rosto não sei dizer sua expressão nem olhar, mas tinha certeza que era animado, a moça leva crianças ao seu colo, abraça amigos e tira fotos do bloco, seus passos vonduzidos pela dança levam ela pra perto e mim, percebo pelo canto do olho que ela me olhava, parece até desanimar ou não gostar de ver no meio de tanta diversão uma menina parada com os braços cruzados, já estava esperando ela pegar meus braços e balança-los, ou até mesmo me perguntar o que eu estava fazendo em uma festa com tanta desanimo, ela foi se aproximando, meu olhar se perdia pelo chão não deixando que a troca de olhar com a moça acontecesse, a mulher então chegou e esbarrou em mim, seu braço encostou no meu ombro, olhei para ela preparada para dizer: “ não foi nada” , mas isso não aconteceu, a mulher tirou a máscara, ameaçou dizer algo sério e então desistiu e sorrindo de orelha a orelha cantava: “olha a cabeleira do Zezé”.
Um fim muito certo não consegui achar para a crônica, pois depois a mulher continua a dançar e conversar com todos, eu fui apenas mais uma das pessoa que ela compartilho a sua alegria, e que com certeza também ficou mais animada para o carnaval.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Fome



Ah fome! Como ela me incomoda em horas erradas... E acho que não sou a única, já ouvi várias denuncias para esse maldito monstro que arranha e remexe minha e sua barriga. Às vezes no meio daquela aula mais interessante, eu já começo a sentir o chato me perturbar, remexe enrola e ainda desconfio que ele tem de comer os restinhos do meu abastecimento que me sustenta para poder ter força e disposição para continuar a ouvir, falar e prestar atenção, mas ele não tem dó nem piedade, você é quase obrigado a ceder toda a sua disposição apenas para abastecê-lo, como um carro sem gasolina, um E.T sem comida etenáltica, uma fruta sem semente, é tudo sem nada! E isso é o que mais me faz pensar, e perder a atenção na aula, no cinema ou no teatro, sempre em lugares onde não posso acabar com aquela maldita fome. 
O relógio é o mais olhado e admirado a cada segundo que ele marca, a angústia sobe e começo a me preocupar, “prestar atenção é essencial agora, vai ter prova, trabalho, e várias lições relacionadas a isso, tenho que prestar atenção!”, e a cabeça começa a viajar na maionese, realmente na maionese, naquela fruta preferida, lanche, ou almoço, parece ser um animal irracional apenas faminto, fora de si, e aquilo piora a cada minuto, tudo ao seu redor é menos importante que o monstro que ataca por dentro me obrigando a fazer expressões horríveis por fora! Até que o esperado sinal toca, minha feição relaxa por poder abrir a lancheira e dar um mordida na doce maçã, que eu e meu monstro esperávamos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Espelho do banheiro



Saindo do banho, escovando os dentes, arrumando o cabelo ele está lá, no meu dia a dia está presente. O espelho do banheiro. Todo dia toda hora ele me olha, eu o olho, um dia ou outro o desafio fazendo movimentos rápidos para ver se ele consegue me imitar bem mesmo! Às vezes fico meio paranoica como é que ele consegue me seguir em todos movimentos que faço? O espelho me imita em tudo que faço, todas as expressões e movimentos, mas o mais trabalhoso ele não faz! Ir a escola comigo não vai, me ajudar na lição ele não ajuda, ajudar arrumar o quarto ele nem se mexe, sujeito injusto, me imita na minha hora de lazer faz dele o meu descanso, o meu rosto e o meu sorriso, como posso considerar ele um amigo?

Ônibus


Subo no ônibus para ir à escola, os passageiros quietos, talvez falando consigo mesmo, pensando em problemas, namorados, namoradas, trabalho, mãe, cachorro, papagaio seja o que for, também tem as pessoas que dormem realmente um sono pesado, e é nelas que mais meus pensamentos se destraem, fico imaginando o esforço que a pessoa fez no trabalho, ou talvez ainda não trabalhou, dormiu tarde com um bebê de meses chorando? Será que ela já perdeu o ponto? Não seria melhor acorda-la? Mas é claro que não.
Os fones de ouvido tocam uma música alta, a pessoa está realmente dormindo com essa música que dá para ouvir do lado de fora? O rock no fone de uns acaba virando uma melodia para embarcar em um sono tão pesado que acabam perdendo o som e a música, a música já não toca para ela e para ninguém, então ela ainda seria um som? Mesmo sem ser escutado?

Meu ponto chega, desço do ônibus e subo a ladeira até a escola, minha cabeça está leve de novo para pensar, deixar todos pensamentos no ônibus juntos com às pessoas que dormem tão profundamente, é um grande alívio.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

10 coisas sobre mim:



1-  É impossível eu falar em público (sempre uma coisa que eu não gostaria que acontecesse acontece);

2- Sou mais expontânea com pessoas que não conheço;

3- Tento sempre olhar nos olhos de uma pessoa quando converso com elas, mas me sinto meio assustadora, acabado optando por fazer movimentos com as mãos;

4- Sinto incomodo em ouvir e ver estalos, e talheres  se arranhando;

5- Gosto do desenho animado Steven Universe;

6- Acho legal sentir a adrenalina de susto levados em filmes de terror, mas não gosto do combo que vem junto que é: começo a acreditar no filme e fico realmente com medo;

7- Acho que melão tem gosto de pepino, e beterraba com sal tem gosto de milho :)) ;

8Gosto de pensar que coisas pequenas são grandes em vários modos;

9 - É muito legal para mim ouvir histórias e conhecimentos sobre de como é dentro do corpo humano e do animal;

10- Gosto de pensar que tudo que parece tão simples e temos no nosso dia a dia já foi uma grande novidade para vários filósofos, cientistas e escritores;