Quase
sobreviver, quase morrer, quase cair, quase passar, quase ganhar, quase perder.
Conheço e já ouvi muitos "quases" durante minha vida, e sempre
que essa palavra é citada em alguma história contada por amigos, escritores ou
meus pais, sempre sentia a emoção dessa palavra, ela é tão tocante... quando as pessoas usam a palavra “quase” eu fico pensando na frase que ela
disse por minutos, posso até me desligar do assunto para pensar na frase que a
pessoa usou o “quase”, ou ficar superligada para saber o que ela fez para impedir
um “quase negativo” ou um “quase positivo”, para mim o “quase positivo" seria: “Quase
tirei mais B do que A”, e "o negativo": “ Quase passei de ano…”, por exemplo.
Na
maioria das vezes penso: “Nossa… foi quase…
quase!” Que palavra tocante! Quase, por um triz, raspando, por pouco, são expressões que me deixam
muito curiosa no assunto, pois sempre penso: “Mas que coisa! Foi quase que essa
pessoa sobrevive… foi quase!" (pois se não tivesse sido quase ela teria sobrevivido, ou “Ah mais que raiva! Foi quase que tiro A nessa questão, mas
errei uma maldita palavrinha que poderia não ter errado! É… foi quase…”
Essa
palavra sempre me leva a aflição, porque poderia sempre acontecer com ela algo
bom, mas depois do quase sempre existe o glorioso ou maldito “mas”, e sempre
estará nesse por um triz que a palavra passa na frase da pessoa, ou seja, o
quase nunca será realmente uma coisa concreta, sempre vamos usar o quase quando estivermos falando de uma
coisa boa ou ruim que não aconteceu, isso sempre me deixa pensativa! Essa
palavra quase me deixa totalmente desligada
do mundo quando ela aparece, alias quase
não acabo de escrever essa crônica por
tanto pensar nesse quase, ou melhor,
em todos os quases; ou será que foram quase todos os quases?